terça-feira, 1 de novembro de 2011

FELIZ AMOR - por Rô Pinheiro


por Rô Pinheiro

Outro dia, ao estudar para uma prova de Teoria da Literatura, deparei-me com um poema de Carlos Drummond de Andrade... "Entre o ser e as coisas": eis o título do texto. Logo na primeira estrofe, tropecei em meus pensamentos, que não me permitiram a continuação da leitura. 


 "Onda e amor, onde amor, ando indagando
...
ao largo vento e à rocha imperativa,
e a tudo me arremesso, nesse quando
amanhece frescor de coisa viva."

Onde? Onde? O amor, por vezes, parece-nos tão utópico, tão... Sublime demais para se concretizar em nossa humilde existência mundana!
Não, Rô, não seja assim tão radical, o amor é mesmo um sentimento transcendental, mas pode, sim, ser sentimentalmente palpável!

"Onda e amor, onde amor."

Às vezes, o Universo nos presenteia com uma onda de amor, daquelas arrebatadoras, raras e intensas... Só que, como o mar, nossa existência também está em movimento e, então, a onda, após se derramar - irresistível e fortemente - em nossa areia interior... Cede espaço às marés – mais constantes, menos intensas, mas agradáveis. É o ritmo do mar. É o ritmo de amar. Onde o amor? Entre o ser e as coisas. Entre o nosso corpo e as outras materialidades. Num lugar puro está ele. Numa abstração enérgica e imortal que pulsa ao nosso redor... Alma.

Meu mar, hoje, está tranquilo, meu amor vem em marés... A onda gigante, contudo, já me arrebatou e, logo, minha areia psíquica ela inundou! Vestígios dessa onda existem naquele lugar-alma que não podemos ver: conchinhas mágicas e a pérola que brilhou meu ser!

 SEJA EM ONDAS OU EM MARÉS, FELIZ AMOR!
 


Professora, escritora e amiga


Obs: Agradeço com todo meu carinho à Rosana Pinheiro pelo texto escrito especialmente para o nosso Blog. --- Cris Souza.


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